O Chile foi palco da 36ª marcha estudantil por um ensino público gratuito e de qualidade na manhã desta quinta-feira, dois dias após as entidades representativas aceitarem o estabelecimento de uma mesa de diálogo com o governo.
A marcha foi convocada pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e partiu da Universidade de Santiago, na zona oeste da capital, passou pela Alameda, principal via da cidade, em direção à Faculdade de Engenharia da Universidade do Chile.
A presidente da Confech, Camila Vallejo, declarou à imprensa que o objetivo da manifestação é demonstrar pressão do movimento estudantil chileno sobre a Lei do Orçamento, que deverá ser analisada em breve.
Ela acrescentou que espera que o Executivo não insista em colocar como condição para o diálogo a volta às aulas.
De acordo com o jornal chileno La Tercera, nesta manhã, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, esteve reunido com reitores das universidades do país para tratar sobre o retorno às atividades escolares.
O protesto teve adesão de trabalhadores da saúde e, segundo os carabineiros (policiais militares), o ocorreu de forma pacífica pelas ruas da capital. Só houve incidentes isolados, sendo que em um deles os oficiais tiveram que usar carros de água e gás lacrimogêneo para conter os manifestantes.
A greve estudantil, que já dura cinco meses, conta com apoio de 89% da população, enquanto o presidente Piñera é aprovado por apenas 22%, o menor nível de um chefe de governo desde a redemocratização do Chile.
Fonte: Folha de São Paulo
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