quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Camada de gelo no Ártico baixa a nível mínimo histórico

 Através de imagem do 'Homem Vitruviano', de Da Vinci, Greenpeace mostra derretimento das camadas no Ártico
 
A camada de gelo do Ártico diminuiu ao menor nível já registrado, segundo as medições dos satélites de observação da Terra. A ESA (Agência Espacial Europeia) informou nesta quarta-feira (14/09) que "nos últimos cinco anos foi observada a extensão de gelo mais baixa desde que começou a medição com satélites nos anos 70". 

A camada de gelo que era de 8 milhões de quilômetros quadrados nos anos 80, foi reduzida pela metade em 2007. Os satélites que observam a Terra permitem medir a quantidade de gelo em áreas inacessíveis, como no Ártico. Neste ano, a extensão de gelo no Ártico é comparável ao mínimo de 2007, informou a ESA.

Neste sentido, os cientistas da Universidade de Brêmen, na Alemanha, consideram que a extensão de gelo caiu no início de setembro abaixo dos valores mínimos registrados. Os mapas são feitos de acordo com as observações do satélite Aqua da Nasa que utiliza tecnologia japonesa de micro-onda.  

A ESA publicou recentemente uma imagem do oceano Glacial Ártico feita a partir de uma montagem de várias fotografias tiradas pelo satélite Envisat nos dias 9 e 11 de setembro, na qual se pode ver uma enorme mancha azul formada pela extensão de gelo que ocupa 80% da superfície marinha da região.

Já o Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve dos EUA afirma que o nível mínimo de 2007 ainda não foi alcançado, mas falta muito pouco.

As equipes internacionais usam vários métodos para medir a camada de gelo com base nas observações de diferentes satélites. Apesar disso, as diferenças nos resultados são pequenas, segundo a ESA.

"Está claro que é uma consequência do aquecimento global ocasionado pelo homem, com consequências globais", revelou o pesquisador da Universidade de Brêmen Georg Heygster que também acrescentou que a vida de peixes, algas e mamíferos como focas e ursos diminuiu.

Além disso, em agosto foram abertas duas grandes rotas de navegação no oceano Glacial Ártico como consequência do descongelamento, o que indica uma redução significativa da camada de gelo.

O satélite meteorológico CryoSat, da ESA, lançado em abril de 2010, explora os polos Norte e Sul e ajuda a compreender as mudanças na espessura da camada de gelo.
 

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